devagar

Não exitarei em ir devagar. Sim, eu tenho medo de falhar, e errar, e perder. Mas manterei a calma. Não abandonarei o escritório, pois isso seria fugir da minha condição de luta. Trabalharei mais leve, sereno e decidido a encontrar respostas que sejam eficazes. E não sair em busca do impossível, pois tudo é possível e o impossível não existe.

Gradativamente, irei encontrar o caminho que venho procurando em contrapartida com o estado agudo de hiperatividade que domina o mundo. Erguerei um templo ao meu redor para defender minha condição de tranquilidade, seja qual for o preço que isso pode ter. Caminharei nas ruas a olhar pessoas, lugares e com a imprevisibilidade de quem anda a esmo, recebendo da sorte um pote de ouro no fim do arco-íris.

Serei o rio enquanto todos seguem para o mar. Se alguma coisa tiver que ser feita, que seja feita lentamente. A humanidade não pode esperar, o mundo não pode esperar, o tempo, a vida... eu posso.

Comentários

"Serei o rio enquanto todos seguem para o mar. Se alguma coisa tiver que ser feita, que seja feita lentamente. A humanidade não pode esperar, o mundo não pode esperar, o tempo, a vida... eu posso."
Gostei terrivelmente disso. Um estado de espírito na contramão do tempo, que contempla, que é. E, no final, só quem chega no seu destino, o mar, em seu leito próprio , é mesmo o rio. Estradas terminam em calçadas, ruas chegam só até a areia, e toda essa parafernalha urbana, invento artificial do homem, é leito estrangeiro. Continue assim Rodrigo, presente na sua jornada.
Rodrigo Micheli disse…
Valeu, Karen, vamos juntos que a poesia não pode parar.

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