de repente uma saudade

Há muito tempo que não nos falamos livremente. As notícias quase nunca são novas e o que é surpreendente só nos lembra que a vida passa e ficamos mais velhos.

Esta saudade repentina, de falar contigo e sentir teu carinho, é a mesma que tenho desde menino; que vivia a beira do portão da tia Vera esperando você voltar do trabalho. Sonhava com o dia em que não precisasse mais esperá-la, pois estaria o tempo todo comigo.

Mas não fique triste por essa confissão tardia. A falta que me faz agora, homem feito e pai de família, é mais forte do que, quando criança, onde os sonhos são mais possíveis.

Hoje entendo todo o amor e preocupação que sempre teve com o meu bem-estar. Ao dormir, sinto um frio terrível no corpo pelo menino que ajudei a nascer. Sinto uma dor muito triste quando penso nos perigos que podem acontecer ao Pedro, meu filho.

E é por isso que preciso de você, mãezinha: para me pegar ao colo e acabar com todas as aflições da minha vida.

Comentários

Marília disse…
Adorei essa essa expressão "menino que ajudei a nascer"

Grande abraço, Rodrigo!
Rodrigo Micheli disse…
Estou tateando entre rabiscos, Marília. Tudo isto é uma experimentação que ainda não sei onde vai dar: o blog, as palavras, a tecnologia. A mistura desses elementos é para mim algo muito novo. Espero encontrar cada vez mais expressões que façam contato com o outro. Bjs, Rodrigo!

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