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melancolia

Às vezes nada faz sentido, como ver um filme de amor e não chorar. A vida corrobora a edificação do sentimento que temos contrário ao nosso espírito. Nada é mais sem importância para o mundo do que chorar sozinho e nada é mais sem razão do que escrever ao acaso. Mas as ações todas que ora fazemos e são incompreensíveis é o que nos torna humanos. Na insabidade que escurece a alma, cai a noite sobre nossa vista e já não há mais possibilidade de pensar com claridade. Duvido como quem sofre de um mal estar na barriga e me entristeço como se fosse a única pessoa da Terra a chorar. Os dias passam e não consigo entender o mistério que já nos foi revelado anteriormente; tão antes de mim e das coisas que ninguém sabe de quando veio. Alheio a vontade da alma, só escrevo para passar o tempo. Mas escrevendo me aborreço pela minha falta de talento para escrita e se paro de escrever, então sofro do contrário do que é o momento mais feliz que tenho em mim. Enfim, escrevo para me maltratar e se nã

designamente: considerações sobre design thinking

O ciclo de palestras que ocorreu no sábado, dia 15 de janeiro, no DesigNamente foi um evento interessantíssimo. Abriu espaço para pensar o Design e principalmente deu início a um lugar para reflexão de ideias, conceitos e pensamentos sobre os caminhos da Comunicação. Cada palestra trouxe um assunto rico com uma abordagem própria, suscitando uma curiosidade nova para os que lá estiveram. Foi instigante rever conceitos e voltar aos livros; sentir-se provocado e repensar convicções, abrir a mente para novas maneiras de olhar sobre um mesmo assunto. Afinal, seja publicidade, design, propaganda, marketing, administração e outras profissões da área humana e social, estamos conectados de alguma forma. E o objetivo e sempre o mesmo: o outro. Como sugestão de um dos palestrantes, ensaiei alguns caminhos para reflexão. Penso que, o Design, por ser ainda um assunto de estudo contemporâneo, ele passa por um momento antropofágico. E, por isso, vem engolindo definições, conceitos e, principalmen

da vaidade

A vaidade só é morta na carne. E talvez no espírito, se tal coisa acaba depois que daqui partirmos. Mas, sem dúvida, dura mais que o nosso tempo. No silêncio da cova jaz nosso corpo, porém nossa vaidade grita desesperadamente ao infinito.

lista de material escolar do meu filho de 1 ano e 10 meses

material coletivo (OU SEJA: VOCÊ COMPRA PARA O SEU FILHO, PARA OUTRO USAR) giz de cera faber castell - 1 (... E TEM QUE SER DE MARCA!) caneta hidrocor 12 cores ponta grossa - 1 (TUDO QUE TEM NOME BONITO É CARO PRA CARALHO!) cola colorida acrilex - caixa com 6 cores - 2 (PORRA, COLA NÃO É PRA COLAR, COR PRA QUÊ? cola glitter acrilex - caixa com 6 cores - 1 (GLITTER? AH, VIADAGEM DO CARALHO!) pote de tinta guache acrilex 500ml - 2 (QUE NEM O MEU DINHEIRO: VAI EMBORA IGUAL ÁGUA!) pote de massinha soft 500g - 2 (POTES. ELES COLOCAM A QUANTIDADE DEPOIS PRA PICA SER MENOR...) potinhos de glitter amarelo - 2 (... A LISTA JÁ É UMA PICA! - OLHA A VIADAGEM DO GLITTER AÍ DE NOVO) tubo de cola branca bic 90g - 3 (AH, VAI GASTAR COLA ASSIM NA CASA DO CARALHO!) rolo de durex colorido azul - 1 (QUE MANIA DE COLOCAR COR EM TUDO. DUREX É PRA COLAR, PORRA !) rolo de fita goma transparente - 1 (AH, AGORA SIM, PRA COLAR... MAS O AZUL DEVE SER PRA ENFIAR NO CU!) cola relevo - 2 (QUE PORRA É ESS

fênix

Morre hoje o meu tempo, minha vida e minha inércia perante a tudo. A dúvida, a neurose, a preguiça e eu, meu maior inimigo, já não estamos mais aqui. Não posso mais simplesmente ficar alheio às coisas que acontecem ao meu redor e passivamente contar os dias. O dia é hoje, a hora é agora e está mensagem é só para mim. Qual pássaro em meio ao fogo, que se queimem todas as minhas fraquezas, mas não o meu passado. Meus ferimentos e meu fardo são pesados, mas têm tamanho suficiente para que eu os carregue. Levo-os junto de mim para uma nova estrada dentro deste novo ser humano que renasce neste corpo já usado há trinta e três anos. A partir desta nova jornada, crio esperanças. Tenho gana em ser mais do que razão e pensamento lógico: a era do raciocínio já morreu, acabou nos primeiros parágrafos. É hora de invocar Dionísio e chamá-lo às ruas desta nova cidade que se ergue dentro do peito. Um lugar mais vivo, com mais ação, erros e sem medo de estar vivo.

o número 8

Como sou um contador de histórias e a preguiça anda comandando minhas ideias, decidi escrever sobre uma coisa que não me sai da cabeça: o número 8. Assim mesmo 8, sem a ideia por extenso. Por isso, após um longo tempo de reflexão (entre um job e outro aqui no trabalho), eis minha conclusão sobre o algarismo: Boas formas, composta de dois olhos, diria simétricos, bem servido de curvas, altura mediana, melancólico e tem bela figura. Assim é o número oito, cuja imagem me intriga e expõem todas as minhas neuroses.

devagar

Não exitarei em ir devagar. Sim, eu tenho medo de falhar, e errar, e perder. Mas manterei a calma. Não abandonarei o escritório, pois isso seria fugir da minha condição de luta. Trabalharei mais leve, sereno e decidido a encontrar respostas que sejam eficazes. E não sair em busca do impossível, pois tudo é possível e o impossível não existe. Gradativamente, irei encontrar o caminho que venho procurando em contrapartida com o estado agudo de hiperatividade que domina o mundo. Erguerei um templo ao meu redor para defender minha condição de tranquilidade, seja qual for o preço que isso pode ter. Caminharei nas ruas a olhar pessoas, lugares e com a imprevisibilidade de quem anda a esmo, recebendo da sorte um pote de ouro no fim do arco-íris. Serei o rio enquanto todos seguem para o mar. Se alguma coisa tiver que ser feita, que seja feita lentamente. A humanidade não pode esperar, o mundo não pode esperar, o tempo, a vida... eu posso.