um dedo de prosa e dois de poesia

Agora que já tenho um seguidor e uma comentarista no blog, posso imaginar outros leitores possíveis ou, pelo menos, posso papear com meus dois queridos entusiastas. É importante para mim exercitar esse lado prosaico. Sempre fui do poema e minhas ideias e sentimentos se concatenam mais claramente dentro da lírica. Atribuo esse estado íntimo a uma deficiência minha de me comunicar objetivamente. A prosa tem esta característica simples de tornar as coisas óbvias aos olhos e ouvidos alheios. Se escrevo dois mais dois são quatro neste texto que se perfaz, posso constatar pelas palavras que estou certo. Porém, se num poema eu digo "tenho vontade de lágrimas", não significa que quero apenas chorar. A poesia é rarefeita e o que se extrai dela é um infinito só nosso. Mas apesar de divagar sobre prosa e poesia e as aplicações que fazemos delas, não significa que aqui, não serei poético. Para quem escreve enquanto está no trabalho, a poesia é o sonho particular derramado nas linhas desta rede intergalática. Criar estes textos tem sido minha escola de calma. Criando eu mato o tempo e me liberto do trabalho diário. Hoje entendo na alma os versos do poeta: "viver não é necessário, o que é necessário é criar".

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